domingo, 28 de setembro de 2008

Outro lado da lua

Nosso amor
Não deu certo
Gargalhadas e lágrimas
De perto
Fomos quase nada
Tipo de amor
Que não pode dar certo
Na luz da manhã
E desperdiçamos
Os blues do Djavan...

Demasiadas palavras
Fraco impulso de vida
Travada a mente na ideologia
E o corpo não agia
Como se o coração
Tivesse antes que optar
Entre o inseto e o inseticida...

Não me queixo
Eu não soube te amar
Mas não deixo
De querer conquistar
Uma coisa
Qualquer em você
O que será?

Como nunca se mostra
O outro lado da lua
Eu desejo viajar
Do outro lado da sua
Meu coração
Galinha de leão
Não quer mais
Amarrar frustação
O eclipse oculto
Na luz do verão...

Mas bem que nós
Fomos muito felizes
Só durante o prelúdio
Gargalhadas e lágrimas
Até irmos pro estúdio
Mas na hora da cama
Nada pintou direito
É minha cara falar
Não sou proveito
Sou pura fama....

Não me queixo
Eu não soube te amar
Mas não deixo
De querer conquistar
Uma coisa
Qualquer em você
O que será?

Nada tem que dar certo
Nosso amor é bonito
Só não disse ao que veio
Atrasado e aflito
E paramos no meio
Sem saber os desejos
Aonde é que iam dar
E aquele projeto
Ainda estará no ar...

Não quero que você
Fique fera comigo
Quero ser seu amor
Quero ser seu amigo
Quero que tudo saia
Como som de Tim Maia
Sem grilos de mim
Sem desespero
Sem tédio, sem fim...

Não me queixo
Eu não soube te amar
Mas não deixo
De querer conquistar
Uma coisa
Qualquer em você
O que será?

(Eclipse Oculto - Caetano Veloso)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pré texto

"Só porque te amo, farei o que pede"
"Só porque te amo, aguentaria sua chatisse"
"Só porque te amo, esqueço o passado"
"Só porque te amo, esqueceria de mim"
"Só porque te amo, arruinaria tudo"

Não seria o amor então um mero pretexto?

"Não cheguei na hora porque choveu"
"Não posso sair, pois está chovendo"
"Não dá pra brincar pois está chovendo"
"Não posso sentar, porque choveu no banco"

Não seria a chuva outro pretexto?

Ah! Deixe-me a sós com Marx and Engels

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Ao entrar no bosque escuro

"Ela simplesmente desfez-se, assim, do nada: "puft". Aquelas coisinhas rosas e brancas cairam aleatóriamente por toda a quadra espalhando-se. Acabou. Aquilo, aquele passado, aquela pulsera, as pedrinhas brancas e rosas não estavam mais juntas... e talvez nunca mais estariam. Deu-se um aperto inexplicável... deixou-se sobre o chão sujo e por lá ficou.
Tentou recolhê-las, muitos tentaram ajudar, mas agora eram apenas fragmentos do que um dia realmente foi.
A pulsera se rompera afinal."

Escrito em setembro de 2007
Fragmentos de uma vida.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Inexatos

Por que olha-se em olhos tão alheios
tanta tristeza terminantemente torta?
Afinal, se sabes que suas suposições são sem sentido
Porque sempre prefere provações à provas?

Felizes ou infelizes fazemos a face dessa moeda.
Ligados ou desligados lemos lousas e luas
Cansados, acabados, alterados, desabados.
Ilúdicos, hilários, irritantes, inexatos.

Marcantes memórias então permeiam a mentem
Pra dizer o dito, o escondido, o escrito e o vivido
Pra rir e reter os ruídos ruins irrelevantes
Pois vir, ver e viver valeu a pena por vocês.

Como caminhar cantando contigo.
Na chuva chorosa que enche o chão
Tudo isto: vitória de uma tarde tortuosa
Ganha pela garantia do guarda-chuva
Amparado pela amizade de uma mão.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Rotas

Digamos que esta ausência permita inconstâncias.
Digamos que esta presença permita batidas distantes.
Digamos que, neste ambiente deturpado, chegue aos nossos ouvidos
melodias melosas: "é assim que se faz... é assim que se ama" e percebe-se
o quanto alheios ao mundo estamos.
Digamos que nossas dúvidas lutem dia-a-dia com nossa fé.
Digamos que nossos corações lutem contra essa distância.
Digamos que somos todos peões em mesas lisas, girando
em suas próprias rotas,
em seus próprios pensamentos,
em suas próprias crenças,
em seus próprios vícios.

Apenas digamos... nunca dizemos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Queridos mestres

Oi gente, bom dia, (Glória)
Vou contar uma história... E ela é REAL!(Álvaro)
Pirem comigo?(Luigi) Um aviso aos navegantes (Lisângela): isso é só um desabafo (Jordy)
Foram blábláblás (Lino) muito loucos (Tomislav)
Mas só duraram até janeiro (Bob) Não escolhemos o ano, simplesmente aconteceu.
Quando virou para frente e olhou para mim, com lágrimas nos olhos, dizendo que acabou. Lembrei da última vez que me chamariam de filhão(Célio). Onde estava aquela alegria (Maurício) de todo o dia de manhã.
Ouvir aquela mesma piada de futebol para nos acordar?(Paulo)
Meu carinho é imenso, Mas a vida é intensa para apenas lhe dizer:Ehh... Belezinha (Ed)?
De qualquer forma, povo do Colégio Etapa, povo da elite (Fernandes)
Olhem pra cá e prestem atenção (Evelina)
Foi melzinho na chupeta (Roseli) passar três anos com vocês.
E meninos e meninas (Antônio G) eu não vou falar (Renzo) que
A dor que conseguimos superar foi enorme,
Porque o amor (Ênio) da pessoinha(Chico), do Chiquinho e da Chiquinha(Celso)
Foi bem maior do que pudemos imaginar! Vocês ai que estão animados (Alexandre L)
Vamos governar o glorioso?(Omar)
Se não ficarmos ociosos... (Eloy)
Ai eu pensei: interessante! Ele usou uma oração condicional!(Antônio R)
Ah, brasileirinhos!(Thomas) Se continuarmos assim seremos empalhados! (Leandro)
Deixemos de preguiça e vamos ler o ‘folhateen’ (Lucimar)
Fui um aluno totalmente excelente (Ivan) Mereço sua consideração? Mesmo depois de tanta falta de atenção?
Continuemos humildes para não sermos humilhados!(Carvalho)
Fiquem atentos!Cheguem mais (Wiliam), vou fazer minha confissão:
Posso ter esquecido de alguns ganchos e de umas citações (Simone)
Posso nem estar em equilíbrio estático (Thiago)
Mas de uma coisa eu tenho certeza:
Sempre coloquei as pedras maiores em primeiro lugar. (Felipe)
Se algum dia não as coloquei, peço perdão, mas também assim não da, terceiro ano!(Daniel)
Faço prova todo o dia, simulado toda a semana, aulas à tarde...Não posso sumir assim... (Gildo)Por mais que eu queira visitar a Rússia e ser uma criança normal lá... (Emiliano)
Certo ou não?(Carvalho) E se levamos desses anos algum ensinamento, um deles com certeza é:
Nunca irritar um químico(Ana Paula)
Fácil? Bem, agora vem a parte difícil(Sérgio)
Se vocês tiverem mais paciência eu lhes direi
Que a música sertaneja nunca foi do meu gosto, mas seria capaz de ouvi-la pra passar mais três anos com vocês... (Roberto A)
Estou indo rápido demais?(Vagner)
Sou capaz de bater o apagador na lousa(Ricardo A) para parar o tempo
E se alguém tirá-lo de mim e tentar colocá-lo no ponto mais alto do mundo...
Meu pulo será enorme(Jairo)
Prometo um dia ainda provar fruta pão(Ricardo A)
E quando o fizer, me lembrarei de vocês. De todos vocês.
Prometo nunca fechar uma garrafa com gelo seco ou cheirar monóxido de carbono(Jairo)
Eu não sou impressora, mas tenho a impressão [Sacô? Sacô? (Coxinha)]
De que me lembrarei disto para sempre.
Os super-heróis daqui me salvaram do perigo(Pablo)
I like you very much, but assim não dá!(Andréia)
Mariquinhas(Osvaldo), vocês estão sempre à minha frente.
Mas eu sei que o Brasil vai vencer a copa!(André D)
Apesar de não, no caso (Sérgio), saber nenhuma gíria (Rodrigo)
Muito menos programar um micro ondas para despertar (Sheila)
Hoje eu sei, virginais(Bob), o que é programação JAVA(Daniel-informática)
Ô, pessoal, pessoal(Gildo)Posso falar?(Taís)[Ah, mas eu não falo assim!(Rubens)]
Foram anos muito bons, mas acabaram...Não tem problema.
Por que vamos nos reencontrar- Digam amém (Marcos)
Enfim, um salve a todos vocês (Filipe G)
Beijinho Beijinho... Tchau tchau (Fernandes)
By: Paula [maninha \o/]

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Xeque-mate

Peões aleatórios permeiram o tabuleiro
A torre encontra-se com o bispo inimigo
Veja o contraste insolúvel deste devaneio
E saiba que o rei está com orgulho ferido

A torre encontra-se num tormento
O bispo não é derrubado pelos piões
O Cavalo só, desiste do movimento
Me diga então, quem são os vilões?

A rainha come o cavalo.
Xeque-mate.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dia-a-dia

[Mundo externo]
Resolver equações
não dizer-lhe aflições
república do café
para peder a pouca fé
Estudo da estequiometria
e ja não se tem mais nenhuma garantia
Redaçao com gancho interno
porque vive-se neste inverno
Flexões de verbos no imperativo
afinal, cansei desse seu cinísmo.

[mundo interno]
Seria a vida cíclilca?
Ou como diriam historiadores: "Nada na história se repete, e se isso acontece, eh farsa."?
Não se preocupe sr.: prevejo seus passos.
Não se preoucpe sra.: não sei a intenção dos seus.
Diga-me então porque, essa pequenas visões de pesadelos tornam-se verdades?
Queria responder que é a loucura que toma-te.
Mas sei, que é apenas a repetição de vícios.