Como um filme clichê, a amizade
delas se deu instantaneamente. Sem qualquer grilo com a diferença de idade,
passaram a fazer tudo juntas: compras, jantares, aniversários. Seria presunçoso
dizer que tinham visões políticas parecidas, assim como atuações profissionais
e sexuais. A identificação era inevitável.
A primeira vez que saíram em
companhia de outros, eles perceberam a tensão que as próprias não notavam, ou,
por precaução, ignoravam. O vinho as
consumia a medida que o volume da música aumentava no local. Ela incrível não
é? Dizia uma delas para um amigo, que balançava a cabeça em resposta, soltando
uma risada sem graça. Enquanto isso, a outra dançava dispersa.
Primeiro clichê: A noite é uma criança. Logo os amigos foram embora, exaustos
pelo álcool. Por que não vamos para outro lugar? Foram para um bar famoso, lá
perto, conhecido por seus frequentadores revolucionários. Não demorou para que
um beijo acontecesse, e depois muitos outro vieram em sequência. Isso é tão
errado. A outra discordava. Juras de amor foram proferidas, junto com
confissões e o reconhecimento de uma conexão rara: Já tinha ouvido isso
antes... Não tardou que fossem embora, esmagadas pelas emoções daqueles
corações abertos pela chave do álcool. Acho que você vai ser arrepender de
tudo amanhã, espero que não.
Acordou agitada pela ansiedade dessa resposta que os muitos drinks não foram capazes de apagar de sua memória. Tomou coragem. Ela negou o arrependimento. Apesar disso, a frieza e a indiferença se instalaram em sua alma. Eu disse várias besteiras ontem, nem lembro direito. Será verdade? Tudo não passará de uma empolgação momentânea da noite? Segundo clichê.
Este mesmo evento voltou a ocorrer. Dessa vez com ela sentada em seu colo e beijando-a como se não houvesse amanhã. Tão previsível, as juras de amor vieram, menos intensas e mais confusas. Resultando de novo em uma noite que fora completamente esquecida por ela. Cansou-se.
Acordou agitada pela ansiedade dessa resposta que os muitos drinks não foram capazes de apagar de sua memória. Tomou coragem. Ela negou o arrependimento. Apesar disso, a frieza e a indiferença se instalaram em sua alma. Eu disse várias besteiras ontem, nem lembro direito. Será verdade? Tudo não passará de uma empolgação momentânea da noite? Segundo clichê.
Este mesmo evento voltou a ocorrer. Dessa vez com ela sentada em seu colo e beijando-a como se não houvesse amanhã. Tão previsível, as juras de amor vieram, menos intensas e mais confusas. Resultando de novo em uma noite que fora completamente esquecida por ela. Cansou-se.
Será
que a alma dela estava tão ferida que preferia ignorar o carinho que ainda possuía? Encarar o peso de palavras ditas sobre o álcool e os beijos dados na noite era
demasiado pesado para um coração já contaminado pelos monstros do passado. Eu
não lembro como é se apaixonar... e você? Terceiro clichê.