sábado, 4 de outubro de 2008

Metáfora

Talvez exista um motivo para estar aqui, pensei. Talvez a lógica que move as pessoas tenha me levado a este lugar. Que lógica você segue?

Vendo o mundo de maneira exatóide. As pessoas seriam equações matemáticas recheadas de incógnitas, ao passo que se você descobre uma delas, você consegue descobrir as outras num "efeito dominó". Claro que não é apenas isso, no campo das emoções as incógnitas são equações químicas com produtos e reagentes, com explosões.

E se a vida for um livro, com uma capa extremamente colorida, com narrador em primeira pessoa, onde o protagonista ao longo do livro cresce psicológicamente? Ah, a história não teria limites, percorreríamos páginas da maneira que quiséssemos. Porém, no fim, ao final amargo e surpreendente, descobriríamos que as páginas sempre foram em preto e branco.

Se a vida fosse uma música, as milhares de notas flutuariam escrevendo nosso caminho. A melodia dessa música definiria os diversos momementos, e sua letra: os pesamentos. A dança seria, nada mais nada menos, do que a grande valsa trocando sempre de pares, onde após giros e giros caímos tontos e cansados no salão, entregues aos pés doloridos e as vertigens.

Se a vida fosse uma novela qualquer, destas que passam na TV, estaríamos anciosos com o final feliz e clichê de sempre, passaríamos por situações chorosas e sofridas como as mocinhas e mocinhos sempre passam, passaríamos por situações completamente sem sentido. Mas o princípal seria sempre o final. Mamma mia, e se o final não for feliz?

Se a vida fosse um blog, uma menina qualquer se colocaria a escrever linhas e linhas de coisas que ela não consegue explicar sobre a vida, ela falaria sobre as coisas através de metáforas.
No fim, o texto sempre acaba: acaba inútil neste espaço, acaba sem sentido. Servindo apenas para ela mesma se convencer de que disse o que não queria mas tinha que dizer.

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