Seria impossível deixar que as palavras não entrassem dessa vez, assim, numa distância não física de você. E nessa noite longa, lembrei-me o que era estar no bosque escuro completamente nua, sem te ver, se saber se você sobreviva ao massacre psíquico criado.
Se sua capacidade de amar é infindável, sua capacidade de se deixar ser amada é praticamente nula neste mundo. E o medo, desaparecido por muito tempo retorna em você sempre que você sente o que é se sentar na lua. As vezes axo que o medo e a felicidade são além de, talvez uma antítese, companheiros um do outro. Você nunca terá medo se não está feliz, mas uma vez que sente aquele momento de felicidade, ela te traz o medo de perdê-la, de escapar-lhe aos dedos como antes. Assim, você ingere uma overdose de palavras e as vomita sem pensar, sem qualquer um lugar, para qualquer um. É inevitável, como tudo deste noite, é simplesmente inevitável que você chore, que você desamaie sobre mim. Inevitável que a intensidade aqui presente se torne um copo cheio do licor mais delioso ao alcoolatra mais infeliz. Por fim, você se desfaz nas milhares de gotas. A noite continua fria e esse bosque é apenas um cenário de um filme de terror barato, em que você sabe que o mocinho vai morrer invariavelmente.
Ah sim, mas antes de seguir esse padrão bizarro de desventuras. Existe essa excessão calada mim, sempre viva.
Aquela alma desesperada se contorce apenas para que você a tire daquilo, mal sabe ela que isso a torna pior do que o confinamento imposto.
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