sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Silence


Chego aqui, agora, na cara e na coragem. Sento-me e ponho-me a escrever coisas um tanto inusitadas do dia-a-dia. Porque a impessoalidade eh tão confortável para as pessoas? Ver alguém todo dia e saber que você não tem noção da dimenção de seus pensamentos, ou de sua alma.
Se pudesse dizer-te cada gesto desapercebido que passa por meus olhos como relâmpagos... porém, prefiro não dizê-los, prefiro contentar-me com a sobriedade desses dias insanos.
Prefiro andar pelas ruas e saber que fui fiel a cada pensamento meu, que cada ação ou atitude minha foi movida simplesmente por aquilo que por vezes derramou-se.
Entre a luz desconfortável do sol e as chuvas finas inesperadas há o vento
Constantemente "cego pelo silêncio de mil corações partidos"
Este mesmo silêncio que ao calar-se, diz tudo.
E assim, despeço-me de agosto

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Princípio

Bem vindos
ao começo dos fins
a era das folhas caídas ao chão
a era em que as amoras esperam ser colhidas
e talvez nunca sejam
Bem vindos.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Chuva de Sonhos

Abstinência de meus vícios ilusórios
Dessas não literais chuvas frias de agosto
De saber que essa droga possui nome próprio
Ou que guarda-chuva é apenas substantivo composto

Cansei desse lirismo clichê e comedido
E de evitar os olhos alheios queridos
De saber que de seu ódio vive meu passado
E que tudo será tão vazio quanto este quadro

Imploro-te que destrua minhas ilusões
Mire-me com escárnio e desaponte soluções
Extermine resquícios de infundadas previsões

Assim, inconseqüências penduradas nesta corda
São nós imobilizantes de insana memória
Pior foi descobrir que a chuva apenas molha

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Love Will Tear Us Apart

When the routine bites hard
And ambitions are low
And the resentment rides high
But emotions won’t grow
And we are changing our ways,
Taking different roads
Then love, love will tear us apart again
Why is the bedroom so cold
Turned away on your side?
Is my timing that flawed,
Our respect run so dry?
Yet there's still this appeal
That we’ve kept through our lives
Love, love will tear us apart again
Do you cry out in your sleep
All my failings expose?
Get a taste in my mouth
As desperation takes hold
Is it something so good
Just can't function no more?
When love, love will tear us apart again
(Nouvelle Vague)

Indagações

Incrívelmente lacônico. Adoro palavras alheias...
Decido-me hoje
Até que ponto realmente temos certeza do que queremos? E que não é tudo apenas fruto de nossas influências externas. Ah... tenho certeza que está duvida impregna a cabeça de muitos ao meu redor. E pergunto-lhes: vocês querem mesmo isso?
Você quer ser jornalista? Ou advogado? Ou médico?
Ah! Será que isto é o que realmente definirá nossas vida?

Efêmero

Vamos fugir? Disse-me de sopetão...
Por que? Perguntei-lhe ao ver a idéia iluminar seus olhos.
Você topa ou não?
Você quer deixar tudo meu querido?
Quero. To cansado desta tristeza.
Mas a trsiteza não durará pra sempre.
Eu sei... mas enquanto ela num passa... a gente pode ir pra bem longe.
Mas e se ela passar e a gente num voltar?
Ahhhh... você é muito chata! Emburrou-se.
Ah meu querido, as coisas são assim... efêmeras [palavra detestada]

(Acho que tem razão, tudo nos remete a algo. Sintoma de viver d mais?)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Everything is gonna be alright

As palavras não vem hoje...
creio que deve-se a incostância que impregna
tudo a nossa volta.
E de muitas surpresas e delírios
caio... na mesma medíocridade.
Qual o seu motivo para sair da cama?
O dever? Alguém?
E esta chuva? Não eh o suficiente para justificar a vida?
Ah... e estas ilusões? Única fuga...

Observo então que este texto contém perguntas de mais
e concluo... que cansei de confusões desmedidas...
que quase sempre diz nada aos outros...
e sempre muito a mim.
Por isso repete-se constantemente:
"Everything is gonna be alright. Be strong, believe"

domingo, 17 de agosto de 2008

gotinhas


Que esta chuva de sonhos
caia sobre mim

sábado, 16 de agosto de 2008

Vaga-lume

E no meio destas incertezas
Acha-se um vaga-lume

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Agosto

Descobre-se hoje, sobre esse céu nublado, que não existe um ponto de chegada...
que lembranças são o mais concreto e seguro que se terá.
E pergunta-se quando a locura tomará você por completo...
Será que isto seria tão ruim afinal?
Será que a decepção passaria a ser algo consumado por seus olhos?
Peço pra vc acordar.
Afinal, sei de suas ilusões...
e pesadelos.

Aos olhares incertos e indecífraveis daquela que está por vezes ao lado.
Aos olhares confortantes e acolhedores daquela que sorri mesmo com o dia nublado.
Aos olhares daquele que apenas com estes meros olhares entende tudo o que se passa.
Aos olhares daquele que não olha em meus olhos.
"Schuldenaar"

I just don't know what to do with myself

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Onomatopéia

Hoje dispensarei os eufemismos... afinal, não eh tudo tão ruim assim
Dispensarei as metáforas também só para não dizer que minha vida é gota de chuva sobre esta capa
Deixarei também as comparações porque não eh tudo como o frio do vento gelado.
As hipérboles então serão milhares de coisas que jamais direi

Abandonarei as assonâncias simplesmente assim
Fazendo assim as sinestesias serem o gosto doce-amargo dessas palavras, meras palvras
De minhas gradações flutuantes, imergentes, afogadas serei
E os pleanasmos não se cansaram nunca de dançar minha dança

Ah! Cega, o que insisto em ingorar, verei num paradoxo
Nas antítes amargas, apenas restarão suas palavras doces
Por isso preciso dizer-te agora que eh tudo belo com todo minha ironia
Para por fim, achar esta prosopopéia neste sussuros que a lua pronuncia todas as noites

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O que sabes...

Que conveniente, justo hoje, você vir me molhar com suas gotas espontâneas...
Sim, faça-me encarar as coisas
E de palavras isto vira epílogos de sua ausência, então...
Não venha me dizer então que as coisas são extamente como devem ser.

Pergunto-me porque eles, que passam pela rua, protegidos por seus guarda-chuvas, são tão medrosos... Porque insitem em não sentir suas gotas? Porque depois virá o frio?
Não vale a pena?
Isto então ja não é mais algo nosso... e sim meu. [possessividade]

Nos olhos deles enxergo a verdade não dita. Quando tomamos a decisão de ignorá-las?
Então nos remetemos as illusions.
Me diga então o que sabes de minha tristeza e felicidade?
Mas me diga mais ainda o que sabes de minhas ilusões?

Se em cada canto deste quarto os feixes de luzes iluminam o teto, onde está o Sol?

sábado, 2 de agosto de 2008

Inconsequência

Como desejo que a cada noite o vento te expulse do meu quarto
te levando pra bem longe, para que eu possa falar de sua ausencia,
chamar essa doce natureza de passado
e culpar-te por minhas inconsequencias conscientes

Como desejo que este cheio se preencha com o vazio
para eu colocar estrela por estrela nesse potinho,
esfarelar os coraçoezinhos jogados no chão da memória
e não deitar-me mais debaixo da amoreira azul ao ouvir a inquietação da paz
que faz as coisas serem meras mentiras.

Se soubesse que sussurraria todos os dias em meu ouvido as coisas q não quero ver
que este seu fantasma insiti em dizer por mero inconveniente,
talvez deixasse minha comodidade viciosa pelo comum
e me transformasse naquilo que eu mais odeio
porém, naquilo que vc mais ama