"Sabes de tudo sobre esse possível amargo futuro. Sabes também que já não poderias voltar atrás, que estás inteiramente subjugado e as tuas palavras, sejam quais forem, não serão jamais sábias o suficiente para determinar que essa porta a ser aberta agora, logo após teres dito tudo, te conduza ao céu ou ao inferno"
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
ÍmPar
Seu disfarce era perfeitamente feito, sua imprevisibilidade impressionava.
Detestava-o. Cada pedaço que enganava fazia mais certeza, jogava o seu jogo.
Como uma moedas na qual ambas as faces continham a coroa.
Bastavam-se.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Fear is the heart of love
assim faz
sem meia volta
sem nenhuma paz
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Por fim
Não cala-te
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Beira
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
[Des]ordem
você pára, sem saber
errante, sem perceber
não queria você distante
Nesse ritmo distante
Você erra sem saber
Pára, sem perceber
Queria você constante
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
The long night
Please take me away from here
Cause I feel like such an insomniac
Please take me away from here
Why do I tire of counting sheep
Please take me away from here
When I'm far too tired to fall asleep
Por outro lado, do mesmo modo que vejo as coisas morrerem olho pra frente e vejo ainda o azul, tantas coisas, e o mais importante, muita coisa se renovar. Naquele momento, apesar das brigas e do que quer que tenha acontecido desejei que ela não sentisse aquela dor que estava sentido, queria que essa dor se esvanecesse de dentro dela como aconteceu comigo.
Desejo o mesmo pra ele também, fazia tempo que não via alguém o ferindo com tanta... tanta... não sei uma palavra apropriada, acho que vou pedir pro Guimarães inventar um neologismo pra mim. Enfim, não consigo deixar de detestá-la por mais q eu a entenda, por mais que saiba que ela também se machucou, não queria que sua fé nas coisas e pessoas fosse se perdendo e a culpo um pouco por ter acelerado esse processo.
No fim das contas, o calor foi embora, a noite tornou-se ruidosa e tudo q eu pensava era em não sair de lá, ou talvez sair, a contradição bizarra entre o bem e o mal, e o conhecimento que o dia seguinte ainda vai amanhecer. Precisava dizer que a sensação de que aquele era apenas o começo me impregnava. Já não sabia se o que te abraçava e o que ia embora era eu, ou eu.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
My Immortal
Ri desta desnaturalidade
Diz estar na contra-mão
quebra essa continuidade
Me leva pra algum lugar distante?
domingo, 25 de outubro de 2009
Break
Compre um champagne
Sussurre no meu ouvido
Que você me ganhe
Não faz sentido
domingo, 11 de outubro de 2009
Anti-vida
Me fez tua
inundou
vida
anti-vida
caso perdido
peça de amor
faz sem dizer
olha sem ver
É sem ser
vem
vai
volta
sou tua
me segura
sábado, 3 de outubro de 2009
Porta
Um dia, a porta foi aberta e o vento a invadiu. Um passo foi dado pra fora, e ela já não pertencia mais a si e sim floresta.
- Mas... porque ela saiu?
- Ela gostava da floresta
- Como assim? A floresta era horripilante...
- Sim, era horripilante... mas ainda sim era sua antítese. Era sua loucura.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Maniqueísmo
Traços jogados
Tinta sobreposta.
O vermelho sobre o preto,
o azul sobre o branco.
Movimento continuo de acelerada natureza.
Pense, escreva.
Alinham-se no exato
Casa com o descaso
Meia lua inteira
Lua meia cheia
amarelo fosco
pinta, escorre
cresce e morre.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Na terra do coração
Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe.
Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.
Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável.
Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.
Meu coração não tem forma, apenas som. Um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. Couro negro, prego e piano.
Meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.
Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo.
Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se p6os. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.
Meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada.
Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco.
Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.
Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: "Im too pure for you or anyone". Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.
Meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.
Meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos.
Meu coração é um cálice de cristal puríssimo transbordante de licor de strega. Flambado, dourado. Pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos, ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro.
Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo.
Meu coração é uma planta carnívora morta de fome.
Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim!
Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Veja. Levam junto quem me ama, me levam junto também.
Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína, simulacro, varinha de incenso.
Acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração é teu.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Transcrição interna
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Era uma vez
talvez aquilo que uma vez vi e sonhei viva apenas na minha memória
talvez seja a inocencia ou o obscurecimento da luz, ja não sei mais
talvez ver você nesse vestido, nessa cor eu não encontre jamais
terça-feira, 2 de junho de 2009
É melhor ser alegre que ser triste
Seguiu só seus passos,
só pela areia seguiu
seguiu só seus passos
só no mar conseguiu
ouviu-a gritar
ouviu-a gemer
ouviu-a dançar
ouviu-a cantar
Sorriu para o mar,
para ela sorriu,
sorriu ao caminhar
caminhando decidiu
Despediu-se da água
despediu-se da mágoa
despediu-se do passado
e com o tênis calçado...
sorrindo partiu
sábado, 16 de maio de 2009
sustentável
Me diga, conversar não vale a pena? Eu pensava que sim, mas ai começei a me perguntar o que elas mudam... elas valem a pena quando fazem alguma diferença não é? Para mim ou para você...
Se vc quisesse todas as respostas, se vc quisesse apenas perguntar, se vc quisesse apenar gritar
eu estaria a disposição... acho que as coisas precisam disso, por pior que seja.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Stuck in the middle
On things we never said
Yes I did
But when we were kids
Now it's too late
Because we're dead
Talvez, esse seja de todos o post mais sincero que ja escrevi na minha vida, porém não espero que ele mude algumas coisas, não espero muita coisa dele na verdade, mas espero que eu pelo menos, ao final dele, tenha feito minha parte [sem contar que isso faz parte da terapia]. Eu juro que muitas vezes gostaria de cortar meus laços com as pessoas, não porque minha intolerancia chegue a esse ponto, na verdade eh apenas minha maneira de reagir a essas mudanças... essas coisas que eu considero partidas, e não me diga que não é. Nunca fui muito boa pra dizer adeus nem pra parar as coisas me fazem mal. Ingenuamente acreditei que depois do terceiro ano as pessoas fossem ter mais tempos umas pra outras, e isso é outra coisa que também me enganei. Não, eu não sou do tipo que gosta de ficar com assuntos mal resolvidos, com brigas que no dia seguinte parecem que nem aconteceram, eu nunca gostei disso eu só comecei a me indagar se realmente discutir com as pessoas faria alguma diferença pra elas e/ou para mim. As vezes eu tento de todas as formas achar aqueles tijolos que ficam em baixo e impedem que tudo desemorone, até que percebi que talvez seja saudavel que ele desmorone.
Escutei muitas pessoas nos últimos dias me perguntarem qual o problema, se eu estava bem e coisas do tipo. Não estou bem, porém o problema é inevitável... o problema eh algo que admiti pra mim mesma a muito pouco tempo, o problema é que estou perdida. Enquanto vejo as pessoas se matando de estudar no cursinho, ou preocupadas com provas na faculdade, ou até mesmo trabalhando, eu sei que nenhum desses é o rumo que quero dar a minha vida. Porém também não sei dizer exatamente que rumo eu quero.
Vocês entenderiam se eu dissesse que por isso meu convivio com as pessoas torna bem dificil?
Escrever isso foi com certeza mais fácil do que falar com qualquer um de vocês, gostaria que não tivesse sido assim. Acho que parte de mim queria que alguém me dissesse que as coisas não seriam dessa forma, sempre tive sérios problemas em encarar a realidade. Se as coisas vão ser assim, que elas sejam... a única coisas que posso dizer é adeus.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
1 ano
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Sinfonia do avesso
Aqui não, nem lá, nem em nenhum lugar
não venderia minha alma pra te escutar.
Pegue uma música feliz e faça algo...
Ontem meus problemas estavam perto, mas tinha o sol sobre mim
Empresto meus ouvidos pra você me dizer o que há de ruim.
domingo, 12 de abril de 2009
Pepper and cherry
Do outro lado da noite, naum respirava mais, apenas sentia-se um papal flutuante ao vento sendo levado pra onde sua mente mandasse, corria como se fugisse, andava como se parasse e talvez ja não se levava mais a sério. Tomou um gole da café a troco de nada, cansou de fazer parte de planos. Refletiu por meros segundos sobre algo que veio a esquecer e distraiu-se ao olhor dentro da xícara, apenas restava o pó de sua noite e ele ao fundo fazia um desenho estranho que lembrava... uma pimenta, riu de sua loucura e apagou naquele alcochoado sem mais nem menos.
terça-feira, 31 de março de 2009
Isto não é um diário
*pensando nessas coisas eu axo motivação
*a maioria deles são pessoas confusas e tristes
*simplesmente naum peço mais nda
*entro num conflito comigo mesma
*vontade d ficar num quarto e apenas ficar
*Talvez essas paredes e essas palavras sejam as únicas
que conseguem conviver
*Eu entendia a Gabi, entendia ela...
*eu naum queria odiá-lo, eu naum o odeio...
*são certas doses q me tiram do buraco mtas horas.
*E assim eu vivo.
Pensamentos que passaram/passam pela minha cabeça
PS: Meus post vão ser sempre triste sim, sinto muito... o máximo que você encontrar é alguma esperança em alguns.
sábado, 28 de março de 2009
The end
Que este drink represente a loucura das garrafas ao chão ou as particulas de o que antes compunham um giz.
Que as ruas continuem iluminadas por alguma luz não identificada que vagam pelas escadas e pelos flashs de fotos tiradas.
domingo, 22 de março de 2009
Frenesi
Hallå där, kom närmre, snälla vänd din blick mot mig.
Jag vill känna hur du andas, hur du finns intill min kropp.
Jag ville röra din hud men då så kom det ett ljud som sa:
Hallå dax att vakna upp, vakna upp.
Varje dag är som en evighet, varje sekund ja det känns som ett år.
Men när jag ser dig i min dröm, ja då vet jag att det går.
Å å å å går att hålla ut tills jag kommer hem till min säng,
för att sedan börja om och bli väckt på morgonen, snälla låt mig somna igen!
Ensam så tvingar jag mig upp, det är då fan att det ska vara så svårt,
Men även om min tid står still så sjunger jag min låt som går;
Hallå där, vem är du som ler så fint mot mig?
Hallå där, kom närmre, snälla vänd din blick mot mig. Mot mig.
Ei, quem é você para sorrir tão agradável para mim?
Ei, se aproxime, por favor, pergunte ao seu olho em mim.
Quero saber como respirar, como você está ao lado de meu corpo.
Queria tocar sua pele, mas quando chegou um som que disse:
Olá hora de acordar, despertar!
Cada dia é como uma eternidade, cada segundo para ele é como um ano.
Mas quando eu te ver no meu sonho, então eu sei que vai.
Um um um um vai aguentar até eu chegar em casa para a minha cama,
e então começar de novo e ser levado pela manhã, por favor deixe-me dormir outra vez!!!
Solo tão forçando-me, então foda-se a ser tão difícil,
Mas, mesmo se o meu tempo pára e, por isso, que vai cantar a minha canção;
Ei, quem é você para sorrir tão agradável para mim?
Ei, se aproxime, por favor, pergunte ao seu olho em mim. Para mim.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Melted
Chame de força da gravidade, chame de força peso... eu chamo de vida.
terça-feira, 17 de março de 2009
She screams in silence
She screams in silence
A sullen riot penetrating through her mind
Waiting for a sign
To smash the silence with the brick of self-control
Are you locked up in a world
That's been planned out for you
Are you feeling like a social tool without a use
Scream at me until my ears bleed
I'm taking heed just for you
terça-feira, 10 de março de 2009
Give me novacaine
Sem mais delongas, matar-te-ei ou não
Sem mais desculpas, salvar-te-ei ou não
Não prove muito das palvras que digo
quarta-feira, 4 de março de 2009
Remédio
Pra tristeza tem chocolate
Pro choro tem travesseiro
Pra desculpa há o vinho
Pra noite há a cama
Pra fuga há o livro
Pra lembrança há fotos
Pra saudade ha palavras
E pra vc? Pra vc eu naum tenho nada
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Picture
Me dizer se é uma metarmofose ambulante? Ou apenas uma pedra num meio de um caminho? Acho que não, é sempre mas fácil olhar o que tem ao redor em vez de olharmos pra nós mesmos.
Talvez seja apenas devaneios mas acho que todo mundo carrega um próprio monstro, é necessário para um equilíbrio eu imagino.
Ontem estava discutindo com uma amiga sobre o fato de as relações mais amorosamente intensas serem repletas de ódio as vezes.
As pessoas costumam odiar o que amam...
e amar o que odeiam.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
The line in the sand
nestas noites chuvas e gostosas de dormir...
Não minha querida, não se aflija... não me aflijo.
Agora tenho a certeza que não terei mais esse sonho...
e agora tenho a certeza de que tudo está onde deveria estar...
Apesar de todos esses encontros e desencontros e essas rotas
Certeza de que seguiste teu caminho e certeza que caminho sobre o meu
"E mesmo sem te ver...
acho até que estou indo bem"
Quando você está a caminhar, vagando sem pensar,
nestas ruas que não há nada para se olhar...
Sinto muito, não tentarei mas entendê-lo
Não porque acredito que não valha a pena... mas porque
percebe-se claramente que você não o quer.
E não irei contra a sua vontade dessa vez
Vamos fazer o que estamos fazendo então:
continuar a finjir que está tudo bem.
"Nos perderemos entre monstros da nossa própria criação
Serão noites inteiras talvez por medo da escuridão"
Quando você está a beber feliz e contente, sem saber o que tem em mente
E mudando o vinho pra água assim de repente...
Não pense que por causa desta chuva me esqueci de você
Ironia pensar que apesar de não saber o que se passa em sua cabeça
Você me faz sentir que está tudo bem, com a sua certeza inabalável
Assustadora algumas vezes.
E quanto a você, acho que não teria palavras além das que eu ja disse
"Sei que as vezes uso, palavras repetidas...
mas quais são as palavras que nunca são ditas?"
sábado, 24 de janeiro de 2009
Siga
Okay, vou contar-lhe um segredo: eu tenho um sério problema em fazer isso... que nem aqueles velhinho que têm a casa cheia de caixas com fotos antigas ou com tranqueiras que não existem mais hoje em dia, eh claro que não é bem assim mas meu quarto é realmente cheio de caixas e cheio de cacarecos com os mais variados tipos de coisas. Desde caixinhas com pó de giz, gavetinhas com caixinha cheias de agulhas, miçangas... e a pior parte são papéis.
Eu guardo todo papel que chega nas minhas mãos. Tenho meus diários desde os 9 anos, agendas acumuladas desde a quinta série [porque antes eu não usava agenda] imagine... um caixinha com todas coisinhas que eu ja ganhei de alguém, e um caixa com cartas de pessoas que conheci na primeira série e que não falo há anos.
O mais engraçado é a segunda gaveta da minha escrivaninha: tem montes e montes de resuminhos, de simulados, de PFs antigas, boletins...
Hoje, chegou esse dia, chegou o dia de eu jogar tudo isso fora.
Ai vem aquela sensação engraçada quando a gente vê o quanto ia mal em geometria na terceira série, ou como q a gente pôde erra aquela questão, ou porquê o pó d giz continua tão colorido mesmo depois de anos. Ai, começamos a ler as cartas antigas, de pessoas q passaram pela nossa vida, de pessoas q mudaram, de coisas que eram pra ser e de coisas q não eram, de pessoas que você se afastou, de pessoas que já estão ai há anos: tudo pro lixo.
Aquela roupa usei naquele dia que deu tudo certo. Esse colar foi tal pessoa que me deu.
São frases q passam pela sua cabeça sem parar, e no fim... são apenas coisas... apenas cartas, apenas palavras, não significam muita coisa hoje... apenas passado.
"Se eu digo siga, o que quer que eu diga?
você não vai entender."
sábado, 10 de janeiro de 2009
Epígrafe do início
Cavou-se fundo nesta terra parada
Tornou-se o céu uma solução impassível
Perdeu-se assim nessa imensidão inundada.
Certas perguntas...
Não deveriam ter respostas