terça-feira, 29 de dezembro de 2009

ÍmPar

Perfurou-lhe os pensamentos, palavras insuficientes "Um inimigo a altura".
Seu disfarce era perfeitamente feito, sua imprevisibilidade impressionava.
Detestava-o. Cada pedaço que enganava fazia mais certeza, jogava o seu jogo.
Como uma moedas na qual ambas as faces continham a coroa.
Bastavam-se.

Pensamento

Dispensa
o acaso
criado
repensa
amor
compensado
Mepensa
sem
recompensa

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fear is the heart of love

Assim toca
assim faz
sem meia volta
sem nenhuma paz

É simplesmente algo transcedental: enquanto você tem tudo estruturado em sua cabeça, os livros na estante, as roupas penduradas, o relógio no criado mudo... não se tem isso, se tem apenas um labirinto de coisas pré-dispostas e contínuas que não é sabido nem entendido. Em alguns becos existem as coisas aprisionadas com cadeados de marfim, em outros não ha nada, são apenas criados para enganar tolos em fantasias idealistas.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Por fim

É, eu que muitas vezes agradeci por escutar esse silêncio tão melódico agora vejo nele minha sepultura. Irreal ou não, agora ja não chove mais gostas de água e sim de cimento, tornando as coisas bem mais cinza do que eram. Tinha esquecido o que era essa sensação: com o buraco se abrindo, com o ponteiro do relógio dando sua volta constumeira sem ninguém o impedi-lo. Ah, sei que é tudo fruto da minha imaginação, que nada disso não existe, que minha inferioridade foi encenada pra que tudo ficasse bem, ah, fui pega na minha própria armadilha, ou não: consigo sair dela. E você? O que vai fazer depois... vai se lamentar, vai levantar a cabeça, vai sentar no canto escuro... não saberia dizer. Nesse sentido, eu sou a vilã que não consegue ler seus pensamentos e isso eh agoniante demais.

Não cala-te

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Beira

Há! Você não verá aqui aquilo que você ja não enxerga. Esta obviedade que tanto te cega não é nada mais nada menos do que você mesmo, por que será? Por que será que as paredes continuam frias e as cadeiras imóveis? Gostaria de saber porque você não recorre mais a mim num pesadelo, por que não me sussurra frases insanas... Não preciso mais de você para ficar na beiradas desta loucura: um passo e caio, um passo e fico. Se você ainda tinha dúvidas desta farsa, não leu shakespeare nem Édipo, nem nada que se enrede em um destino glorioso ou decadente. É, estes são os fantasmas dos quais eu quebrei. Em quantos pedaços? Jamais saberei. Em algum beco escuro [ou não] você estará a minha espreita talvez, ou adormecido como alguns. Ando sem temê-lo mas ao encontrá-lo é imediato. "Carece de ter coragem" e a maior das coragens é a da lembrança. Não importa quanto tempo eu fique neste ponto, ou nesta chuva fria, você jamais entenderia a minha espera ou o porque não levo um guarda-chuva, o medo não deveria ser da água, ela sempre vem a minha espera anunciando ou enunciando algo. Cale, não há nada a se dizer, nada é dito, nada será dito, e eu sei que este silêncio é a sua moradia, mas também sei que para mim ele figura como uma casa mal-assombrada de um filme de terror barato... o silêncio nada mais é do que uma farsa, não digo porém que as palavras sejam mais verdadeiras. Acabe esta travessia, desejo, tento levar, mas nada parece o suficiente para que você chegue na outra margem, talvez por ela ser ilusória e nefasta, talvez por ser pior ao seu conformismo, nunca saberei.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

[Des]ordem

Nesse ritmo constante
você pára, sem saber
errante, sem perceber
não queria você distante

Nesse ritmo distante
Você erra sem saber
Pára, sem perceber
Queria você constante

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

The long night

Leave my door open just a crack
Please take me away from here
Cause I feel like such an insomniac
Please take me away from here
Why do I tire of counting sheep
Please take me away from here
When I'm far too tired to fall asleep

Que no meio destes devaneios as coisas não venham a sucumbir como sucumbiram um dia, pra mim, pra ela, pra alguém. Não pretendo te dizer nada mais do que ja disse, apenas gostaria que vc sumisse de vez, parasse de me tratar desse jeito que me trata como se fizesse um sacrifício ou fosse um milagre. Fui a pior pessoa que você poderia ter conhecido, talvez talvez. Por algum motivo não me importo, apenas continuo a olhar pra frente, talvez uma questão de foco.
Por outro lado, do mesmo modo que vejo as coisas morrerem olho pra frente e vejo ainda o azul, tantas coisas, e o mais importante, muita coisa se renovar. Naquele momento, apesar das brigas e do que quer que tenha acontecido desejei que ela não sentisse aquela dor que estava sentido, queria que essa dor se esvanecesse de dentro dela como aconteceu comigo.
Desejo o mesmo pra ele também, fazia tempo que não via alguém o ferindo com tanta... tanta... não sei uma palavra apropriada, acho que vou pedir pro Guimarães inventar um neologismo pra mim. Enfim, não consigo deixar de detestá-la por mais q eu a entenda, por mais que saiba que ela também se machucou, não queria que sua fé nas coisas e pessoas fosse se perdendo e a culpo um pouco por ter acelerado esse processo.
No fim das contas, o calor foi embora, a noite tornou-se ruidosa e tudo q eu pensava era em não sair de lá, ou talvez sair, a contradição bizarra entre o bem e o mal, e o conhecimento que o dia seguinte ainda vai amanhecer. Precisava dizer que a sensação de que aquele era apenas o começo me impregnava. Já não sabia se o que te abraçava e o que ia embora era eu, ou eu.





quarta-feira, 4 de novembro de 2009

My Immortal

Faz do labirinto diversão
Ri desta desnaturalidade
Diz estar na contra-mão
quebra essa continuidade

Me leva pra algum lugar distante?

domingo, 25 de outubro de 2009

Break

Que você rasgue meu vestido
Compre um champagne
Sussurre no meu ouvido
Que você me ganhe

Não faz sentido

domingo, 11 de outubro de 2009

Anti-vida

Pegou, levou
Me fez tua
inundou
vida
anti-vida
caso perdido
peça de amor
faz sem dizer
olha sem ver
É sem ser
vem
vai
volta
sou tua
me segura

sábado, 3 de outubro de 2009

Porta

Viveu a vida inteira naquela casa, a porta nunca fora aberta. A floresta lá fora era densa e escura, as árvores possuíam um aspecto assustador evocando um ar maligno, horripilante. Assistia o vento batendo de encontro com os galhos fazendo folhas voarem violentamente. Nunca havia saído daquela casa.
Um dia, a porta foi aberta e o vento a invadiu. Um passo foi dado pra fora, e ela já não pertencia mais a si e sim floresta.
- Mas... porque ela saiu?
- Ela gostava da floresta
- Como assim? A floresta era horripilante...
- Sim, era horripilante... mas ainda sim era sua antítese. Era sua loucura.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Maniqueísmo

Quadro abstrato
Traços jogados
Tinta sobreposta.
O vermelho sobre o preto,
o azul sobre o branco.
Movimento continuo de acelerada natureza.
Pense, escreva.
Alinham-se no exato
Casa com o descaso
Meia lua inteira
Lua meia cheia
amarelo fosco
pinta, escorre
cresce e morre.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Na terra do coração

Na terra do coração passei o dia pensando - coração meu, meu coração. Pensei e pensei tanto que deixou de significar uma forma, um órgão, uma coisa. Ficou só com-cor, ação - repetido, invertido - ação, cor - sem sentido - couro, ação e não. Quis vê-lo, escapava. Batia e rebatia, escondido no peito. Então fechei os olhos, viajei. E como quem gira um caleidoscópio, vi:

Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe.

Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.

Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável.

Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.


Meu coração não tem forma, apenas som. Um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. Couro negro, prego e piano.

Meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.

Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo.

Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se p6os. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.

Meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada.

Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco.

Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.


Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: "Im too pure for you or anyone". Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.

Meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.

Meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos.

Meu coração é um cálice de cristal puríssimo transbordante de licor de strega. Flambado, dourado. Pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos, ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro.

Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo.

Meu coração é uma planta carnívora morta de fome.

Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim!


Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Veja. Levam junto quem me ama, me levam junto também.

Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína, simulacro, varinha de incenso.


Acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração é teu.

(Caio Fernando Abreu)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Transcrição interna

Certa vez uma certa menina me disse que devemos verbalizar as coisas, por mais difícil que isto seja. Não, não sou do tipo de pessoa nua, adoro um disfarce... será que você mudaria as coisas? E sabe... dói pensar, dói saber... eh preciso de um tempo a sós, me dê um beijo de despedido, como que as coisas ficam? As coisas não ficam, as coisas foram... pára com isso criança, criança... era um bom adjetivo? Não sei, sei que que as coisas crescem, não é? O que você vai fazer? Vou dizer pra ele que ele não estava aqui quando eu olhei ao lado, ele disse que estaria... está perdendo a fé? estou tentando perder a fé. Qual é o seu vinil ou sua música, digo agora para nunca mais dizer nem nunca mais pensar nisso... vai como as coisas da vida, ah... a vida, realção de amor e ódio, sexo casual com a vida, você passa a noite com ela e no dia seguinte a esquece e faz isso contastantemente, será que dói? Será que quando eu te disse adeus doeu tanto quanto em mim quando disse esse adeus? É meio equivocado, supor qualquer coisa dessas. Você não leva nada a sério não é? Não, sem rumo. Sabe o que quer? Sei o que não quero. Não quero isso e sei que você vai demorar pra entender, por minha culpa talvez? Sim, medo de a verdade te doer de mais e esse medo irrita, queria poder te contar. Um último... não não, você ja o definiu como último, entendeu o que eu quis dizer, não há esperanças cor-de-rosas, não acha? Há algum tempo atrás eu discordaria de você, hoje...não posso discordar, você viu as fotos? Vi... no fotolog, e as declarações, outra pessoa... como é possível? Como se morre assim? Morreu, ou pior, talvez nunca tenha existido, essa fato estraçalha. Ela sabia da resposta, por que ela tinha a mesma pra ela... o que fazer então? Parar de poetizar, de complicar de colocar palavras difíceis pra disfarças coisas que você não disse pra si, que tal? Não sei, talvez seja mesmo complicado. Se você não achar uma solução sempre será mesmo. Porque no fim você sempre se segura nele? Você não deveria fazer isso e você sabe que se não fizer vai perdê-lo, são tantas coisas, tantas fugas... e o chaveiro ficou lá, acho que isso que mais doeu, parece que a flecha nunca vai ser de outro... doei a alguém que vai tê-los como eles merecem ser tidos... que coisa não? Pára. Detesto essa frase, talvez nunca esteja nesse estagio de maturidade e as vezes espero que não. Tenho o motivo dessa vez, e me dói saber que ele é um dos poucos que não posso mudar... as coisas simples são como deveriam ser, foi um erro no caminho, ja passou... ja foi... por que você continua voltando? Minha vontade é voltar, e jamais voltarei de novo. Talvez o que falte seja a fé, em você, nas pessoas e em mim.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Era uma vez

Talvez seja sempre uma mudança, dela, minha, sua, nossa...
talvez aquilo que uma vez vi e sonhei viva apenas na minha memória
talvez seja a inocencia ou o obscurecimento da luz, ja não sei mais
talvez ver você nesse vestido, nessa cor eu não encontre jamais

terça-feira, 2 de junho de 2009

É melhor ser alegre que ser triste

Não, ela não tinha mais palavras, pela primeira vez o silêncio lhe pareceu tão suave e gostoso que ja não precisava de nenhuma resposta, de nenhuma explicação. Ela, não estava acostumada as idas e vindas da vida, não estava acostumada a muita coisa na verdade, mas sabia que todas suas ações tinham um motivo: se partia, havia um porquê, se ficava, havia outro mais forte, e se chegava... se chegava ja não sabia ela dizer se foi por ela ou pela vida. Pela primeira vez a ausência daqueles que se foram a tempos e daqueles q ela deixou ja não era dolorosa mais, parecia de certa maneira agradável. Talvez devesse sua felicidade atual a todas essas idas e vindas e, como um milagre, não se arrependia de seguir nenhuma das luzes que a guiava. Estavam todos felizes, inclusive ela própria, finalmente havia acertado numa escolha.


Seguiu só seus passos,
só pela areia seguiu
seguiu só seus passos
só no mar conseguiu

ouviu-a gritar
ouviu-a gemer
ouviu-a dançar
ouviu-a cantar

Sorriu para o mar,
para ela sorriu,
sorriu ao caminhar
caminhando decidiu

Despediu-se da água
despediu-se da mágoa
despediu-se do passado
e com o tênis calçado...
sorrindo partiu

sábado, 16 de maio de 2009

sustentável

Engraçado como a leveza do seu ser fica sustentável a esse ponto, inimaginável...
Me diga, conversar não vale a pena? Eu pensava que sim, mas ai começei a me perguntar o que elas mudam... elas valem a pena quando fazem alguma diferença não é? Para mim ou para você...
Se vc quisesse todas as respostas, se vc quisesse apenas perguntar, se vc quisesse apenar gritar
eu estaria a disposição... acho que as coisas precisam disso, por pior que seja.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Stuck in the middle

Don't you ever ponder
On things we never said
Yes I did
But when we were kids
Now it's too late
Because we're dead

Talvez, esse seja de todos o post mais sincero que ja escrevi na minha vida, porém não espero que ele mude algumas coisas, não espero muita coisa dele na verdade, mas espero que eu pelo menos, ao final dele, tenha feito minha parte [sem contar que isso faz parte da terapia]. Eu juro que muitas vezes gostaria de cortar meus laços com as pessoas, não porque minha intolerancia chegue a esse ponto, na verdade eh apenas minha maneira de reagir a essas mudanças... essas coisas que eu considero partidas, e não me diga que não é. Nunca fui muito boa pra dizer adeus nem pra parar as coisas me fazem mal. Ingenuamente acreditei que depois do terceiro ano as pessoas fossem ter mais tempos umas pra outras, e isso é outra coisa que também me enganei. Não, eu não sou do tipo que gosta de ficar com assuntos mal resolvidos, com brigas que no dia seguinte parecem que nem aconteceram, eu nunca gostei disso eu só comecei a me indagar se realmente discutir com as pessoas faria alguma diferença pra elas e/ou para mim. As vezes eu tento de todas as formas achar aqueles tijolos que ficam em baixo e impedem que tudo desemorone, até que percebi que talvez seja saudavel que ele desmorone.
Escutei muitas pessoas nos últimos dias me perguntarem qual o problema, se eu estava bem e coisas do tipo. Não estou bem, porém o problema é inevitável... o problema eh algo que admiti pra mim mesma a muito pouco tempo, o problema é que estou perdida. Enquanto vejo as pessoas se matando de estudar no cursinho, ou preocupadas com provas na faculdade, ou até mesmo trabalhando, eu sei que nenhum desses é o rumo que quero dar a minha vida. Porém também não sei dizer exatamente que rumo eu quero.
Vocês entenderiam se eu dissesse que por isso meu convivio com as pessoas torna bem dificil?
Escrever isso foi com certeza mais fácil do que falar com qualquer um de vocês, gostaria que não tivesse sido assim. Acho que parte de mim queria que alguém me dissesse que as coisas não seriam dessa forma, sempre tive sérios problemas em encarar a realidade. Se as coisas vão ser assim, que elas sejam... a única coisas que posso dizer é adeus.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

1 ano

FELIZ
ANIVERSÁRIO
DE 1 ANINHO!!!
[nem acredito q duroou tanto...]

I love everyone
Everybody underneath the sun
I think you're all the most amazing fun


~●๋•* Зї..ŦŦėŗšŵęęŧ


quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sinfonia do avesso

Não fiz essa canção pra você, nem tive pressa em te dizer.
Aqui não, nem lá, nem em nenhum lugar
não venderia minha alma pra te escutar.

Pegue uma música feliz e faça algo...

Ontem meus problemas estavam perto, mas tinha o sol sobre mim
Empresto meus ouvidos pra você me dizer o que há de ruim.

domingo, 12 de abril de 2009

Pepper and cherry

Naquela noite de fria, num ponto de ônibus, já não se ouvia mais o som da rua ou das pessoas aglomeradas conversando, talvez fosse engraçado que o dia fosse a noite, sempre daquele tom de azul. Eles passavam e passavam com seus letreiros luminosos com rumos desconhecidos ou incertos, um parou a sua frente e sombras se projetaram na sua lataria branca, sombras engraçadas, sombras das árvores, até que olhou para sua mão que segurava o fone de ouvido e viu que sua sombra na lataria parecia uma cereja. Sorriu, como não sorria em meses. Subiu em um ônibus e esperou sua casa vir.
Do outro lado da noite, naum respirava mais, apenas sentia-se um papal flutuante ao vento sendo levado pra onde sua mente mandasse, corria como se fugisse, andava como se parasse e talvez ja não se levava mais a sério. Tomou um gole da café a troco de nada, cansou de fazer parte de planos. Refletiu por meros segundos sobre algo que veio a esquecer e distraiu-se ao olhor dentro da xícara, apenas restava o pó de sua noite e ele ao fundo fazia um desenho estranho que lembrava... uma pimenta, riu de sua loucura e apagou naquele alcochoado sem mais nem menos.

terça-feira, 31 de março de 2009

Isto não é um diário

*naum que eu axe q isso seja realmente uma boa solução
*pensando nessas coisas eu axo motivação
*a maioria deles são pessoas confusas e tristes
*simplesmente naum peço mais nda
*entro num conflito comigo mesma
*vontade d ficar num quarto e apenas ficar
*Talvez essas paredes e essas palavras sejam as únicas
que conseguem conviver
*Eu entendia a Gabi, entendia ela...
*eu naum queria odiá-lo, eu naum o odeio...
*são certas doses q me tiram do buraco mtas horas.
*E assim eu vivo.

Pensamentos que passaram/passam pela minha cabeça

PS: Meus post vão ser sempre triste sim, sinto muito... o máximo que você encontrar é alguma esperança em alguns.

sábado, 28 de março de 2009

The end

Que aqui se encerre este ciclo bizarro de coisas previamente aleatórias que vagam pela vastidão de suas ações imaginárias.
Que este drink represente a loucura das garrafas ao chão ou as particulas de o que antes compunham um giz.
Que as ruas continuem iluminadas por alguma luz não identificada que vagam pelas escadas e pelos flashs de fotos tiradas.

domingo, 22 de março de 2009

Frenesi

Hallå där, vem är du som ler så fint mot mig?
Hallå där, kom närmre, snälla vänd din blick mot mig.
Jag vill känna hur du andas, hur du finns intill min kropp.
Jag ville röra din hud men då så kom det ett ljud som sa:
Hallå dax att vakna upp, vakna upp.

Varje dag är som en evighet, varje sekund ja det känns som ett år.
Men när jag ser dig i min dröm, ja då vet jag att det går.
Å å å å går att hålla ut tills jag kommer hem till min säng,
för att sedan börja om och bli väckt på morgonen, snälla låt mig somna igen!
Ensam så tvingar jag mig upp, det är då fan att det ska vara så svårt,
Men även om min tid står still så sjunger jag min låt som går;

Hallå där, vem är du som ler så fint mot mig?
Hallå där, kom närmre, snälla vänd din blick mot mig. Mot mig.

~~~*s2*~~~

Ei, quem é você para sorrir tão agradável para mim?
Ei, se aproxime, por favor, pergunte ao seu olho em mim.
Quero saber como respirar, como você está ao lado de meu corpo.
Queria tocar sua pele, mas quando chegou um som que disse:
Olá hora de acordar, despertar!

Cada dia é como uma eternidade, cada segundo para ele é como um ano.
Mas quando eu te ver no meu sonho, então eu sei que vai.
Um um um um vai aguentar até eu chegar em casa para a minha cama,
e então começar de novo e ser levado pela manhã, por favor deixe-me dormir outra vez!!!
Solo tão forçando-me, então foda-se a ser tão difícil,
Mas, mesmo se o meu tempo pára e, por isso, que vai cantar a minha canção;

Ei, quem é você para sorrir tão agradável para mim?
Ei, se aproxime, por favor, pergunte ao seu olho em mim. Para mim.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Melted

E hoje a vida eh como a chuva caindo forte na cidade, e você a observá-la de dentro do ônibus. As gotas são jogadas cruelmente contra o vidro e lá descrevem um caminho imprevísivel... se forem pesadas... descem rapidamente, as vezes as pequenas encontram outras, se aglomeram a elas no meio de seu rumo e logo após caem com velocidade. A grande ironia é que de um jeito ou de outro as gotas sempre caem, por mais q resistam, e sua rota fica por alguns segundos marcadas no vidro. Logo outras gotas virão, e mais outras e mais outras...
Chame de força da gravidade, chame de força peso... eu chamo de vida.

terça-feira, 17 de março de 2009

She screams in silence

She
She screams in silence
A sullen riot penetrating through her mind
Waiting for a sign
To smash the silence with the brick of self-control

Are you locked up in a world
That's been planned out for you
Are you feeling like a social tool without a use
Scream at me until my ears bleed
I'm taking heed just for you
(Green Day)

terça-feira, 10 de março de 2009

Give me novacaine

É nessas horas que você anseia pelo sonífero
Sem mais delongas, matar-te-ei ou não
Sem mais desculpas, salvar-te-ei ou não
Não prove muito das palvras que digo

quarta-feira, 4 de março de 2009

Remédio

Tudo tem remédio

Pra tristeza tem chocolate
Pro choro tem travesseiro
Pra desculpa há o vinho
Pra noite há a cama
Pra fuga há o livro
Pra lembrança há fotos
Pra saudade ha palavras

E pra vc? Pra vc eu naum tenho nada

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Picture

Talvez nesta noite estranha eu já não sinta mais sua presença. As vezes olhamos para alguém e percebemos algo que nosso cérebro não é capaz de captar, e só depois de muito tempo nós compreedemos aquela primeira sensação, tarde de mais ou não, a sensação de ter entendido ja é o suficiente para deixar-lhe extasiada. Do que você é feito? Você é feito de sonhos irrealizáveis como o Ton Cruise em Vanilla Sky? De lembranças de algo que ja passou? De alguém? De música? De palavras? Você conseguiria me dizer?
Me dizer se é uma metarmofose ambulante? Ou apenas uma pedra num meio de um caminho? Acho que não, é sempre mas fácil olhar o que tem ao redor em vez de olharmos pra nós mesmos.
Talvez seja apenas devaneios mas acho que todo mundo carrega um próprio monstro, é necessário para um equilíbrio eu imagino.
Ontem estava discutindo com uma amiga sobre o fato de as relações mais amorosamente intensas serem repletas de ódio as vezes.

As pessoas costumam odiar o que amam...
e amar o que odeiam.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

The line in the sand

Quando você deita sobre seu travesseiro e espera o sono vir,
nestas noites chuvas e gostosas de dormir...

Não minha querida, não se aflija... não me aflijo.
Agora tenho a certeza que não terei mais esse sonho...
e agora tenho a certeza de que tudo está onde deveria estar...
Apesar de todos esses encontros e desencontros e essas rotas
Certeza de que seguiste teu caminho e certeza que caminho sobre o meu

"E mesmo sem te ver...
acho até que estou indo bem"


Quando você está a caminhar, vagando sem pensar,
nestas ruas que não há nada para se olhar...

Sinto muito, não tentarei mas entendê-lo
Não porque acredito que não valha a pena... mas porque
percebe-se claramente que você não o quer.
E não irei contra a sua vontade dessa vez
Vamos fazer o que estamos fazendo então:
continuar a finjir que está tudo bem.

"Nos perderemos entre monstros da nossa própria criação
Serão noites inteiras talvez por medo da escuridão"

Quando você está a beber feliz e contente, sem saber o que tem em mente
E mudando o vinho pra água assim de repente...

Não pense que por causa desta chuva me esqueci de você
Ironia pensar que apesar de não saber o que se passa em sua cabeça
Você me faz sentir que está tudo bem, com a sua certeza inabalável
Assustadora algumas vezes.
E quanto a você, acho que não teria palavras além das que eu ja disse

"Sei que as vezes uso, palavras repetidas...
mas quais são as palavras que nunca são ditas?"

sábado, 24 de janeiro de 2009

Siga

Não é estranho quando a gente reserva um dia para apenas arrumar e jogar fora todas as coisas inúteis que se acumularam durante o ano?
Okay, vou contar-lhe um segredo: eu tenho um sério problema em fazer isso... que nem aqueles velhinho que têm a casa cheia de caixas com fotos antigas ou com tranqueiras que não existem mais hoje em dia, eh claro que não é bem assim mas meu quarto é realmente cheio de caixas e cheio de cacarecos com os mais variados tipos de coisas. Desde caixinhas com pó de giz, gavetinhas com caixinha cheias de agulhas, miçangas... e a pior parte são papéis.
Eu guardo todo papel que chega nas minhas mãos. Tenho meus diários desde os 9 anos, agendas acumuladas desde a quinta série [porque antes eu não usava agenda] imagine... um caixinha com todas coisinhas que eu ja ganhei de alguém, e um caixa com cartas de pessoas que conheci na primeira série e que não falo há anos.
O mais engraçado é a segunda gaveta da minha escrivaninha: tem montes e montes de resuminhos, de simulados, de PFs antigas, boletins...
Hoje, chegou esse dia, chegou o dia de eu jogar tudo isso fora.
Ai vem aquela sensação engraçada quando a gente vê o quanto ia mal em geometria na terceira série, ou como q a gente pôde erra aquela questão, ou porquê o pó d giz continua tão colorido mesmo depois de anos. Ai, começamos a ler as cartas antigas, de pessoas q passaram pela nossa vida, de pessoas q mudaram, de coisas que eram pra ser e de coisas q não eram, de pessoas que você se afastou, de pessoas que já estão ai há anos: tudo pro lixo.
Aquela roupa usei naquele dia que deu tudo certo. Esse colar foi tal pessoa que me deu.
São frases q passam pela sua cabeça sem parar, e no fim... são apenas coisas... apenas cartas, apenas palavras, não significam muita coisa hoje... apenas passado.

"Se eu digo siga, o que quer que eu diga?
você não vai entender."

sábado, 10 de janeiro de 2009

Epígrafe do início

Fizeste disso um dilema impossível
Cavou-se fundo nesta terra parada
Tornou-se o céu uma solução impassível
Perdeu-se assim nessa imensidão inundada.

Certas perguntas...
Não deveriam ter respostas