segunda-feira, 8 de novembro de 2010

I fell your mind

Pare com essa insanidade de me fazer acreditar que você é este ser inofensivo. Cale-se, cansei dessas mudanças, desse seu tudo, de saber que é tão letal quanto minha droga antiga. Se nesta minha furia eu não te vejo mais, olho pro seu rosto e nao o reconheço, como posso lhe dizer algo? Minha vontade era nao ter mais. É, não importa quanto tempo se passe, ainda existe um quarto escuro agonizante feito por você ou ela, não importa, não significa, não faz. Não FAZ, é essencial... esse seu não fazer passivo, acostumado, conformista. Não me conformo, aceito. Não me conformo até hoje com a partida no entando, aceito o ocorrido.
Eu lhe disse, não lhe disse? Que este fim de ano seria uma tormenta? Não errei. Odeio acertar

domingo, 24 de outubro de 2010

Impermeável

Acho eu que a vida tem desses ciclos quebráveis e impermeáveis. O mal nunca existiria sem você, no entanto, você nunca existiria sem o mal. Não sei o que seria de mim se esquecesse sua voz, por mais que nunca mais a escute... mas acho que de um jeito ou de outro você finalmente me deixou, e agora vive do jeito que tem que viver: poeira. O velho e o novo seriam apenas conceitos em que nunca existiriam. Não sei, a loucura se manifesta daquele jeito imperceptível... você não a vê, nem a cultiva mas de certo modo sabe que ela está lá... sempre sabendo que você depende dela.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sin

Não, dessa vez não vou ser funebre... tudo isso é besteira, bobagem sem tamanho e sem limite. Apenas sei que isto na pele é real e que meus sonhos são cada vez mais turvos e dificeis. Que vida é essa entre quatro paredes e chão de mármore, com sapatinhos de criança correndo pelo quintal, comida no fogão, quase pronta, e mesa feita? Que vida paradoxal é essa? A mesma que vive como pudica é a que sai a noite e seduz cada homem que passa, apenas com o olhar. Não pelo prazer puro do sexo mas pela sensação de poder.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O eterno

Se fosse só sentir saudade
mas tem sempre algo mais
seja como for,
é uma dor que dói no peito
pode rir agora
que estou sozinho
mas não venha me roubar

domingo, 8 de agosto de 2010

Farol imutável

Ilusão presistente desta paisagem sem farol
Onde estrelas caem num movimento inatural
Sua ausência oculta, imencionada em dia de sol
Diz "venha como mar profundo e volte como sal"

Calar-me irei sem possuir imaculada maldade
Assim ficarei sem perturbar profanada espera
Faz meia volta, volta deste jeito que foi saudade
Para alguém que simplesmente os olhos cerra

Imutável será sem o destino dessa vida errante
Inconsolável será com um passo sempre visitante
Invariável será se assim se fizer sempre distante

Carregue a leveza das gotas finas do agosto incerto
Imite o outro condenado nesse mero sorriso interno
Sinta em mim o que sem cálculo digo ser assim eterno

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Incomodo

Alguém um dia ira contar-lhe aquele segredo universal, nunca sabido pelos jovens e pelos românticos (seja da primeira, segunda ou terceira geração), aquele que se você soubesse antes poderia ter ser preparado para muitas coisas da vida. Pois é, talvez não seja recomendavel evitá-las, talvez não seja recomendável que você construa seu mundo com alguém e somente essa pessoa tem a chave de tudo. Ah e quando descobrimos sentimos falta deste sentimento que nos restringe tanto. Talvez, aquele que você tanto almeja não seja sua felicidade, não seja o que te faz melhor. Ele sem dúvida é o que te faz sentir o melhor, o que te ensina, o que te quebra mas repare não é o que te faz bem. As pessoas tem a terrível mania de não se amarem. Sei que parece bizarro, mas todos tem aquele que é seu ponto fraco não importa o momento ou a situação. Se você não o tem, terá.
Os grandes romances por tanto são feitos quando o que você mais almeja é exatamente o que te faz bem. Parece estranho, mais isso é raro, e não tente se convencer que você é plenamente feliz com o que te faz bem, sempre haverá uma formiga minúscula de dúvida a vagar em você.
Tome sua decisão e saiba que jamais terá tudo, mas terá o que você escolheu.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Play

O que serei hoje? Talvez uma advogada, justa. Não, hoje quero ser uma mulher qualquer, livre, julgada. Amanhã acho que serei uma noiva, tola e disposta. Acordar nessa vontade louca de ser qualquer um ou qualquer coisa menos o que se realmente é, não que não seja interessante, nem que seja monótono, mas a vontade de provar todos os sabores da vida sempre foi uma obcessão. Colecionaria experiências como um triunfo. Ah, o que mais? O que falta agora? Desempenha-se tantos papéis, tantas vidas, tantas histórias contidas numa só verdade. Quem diria que aquele único papel que sempre recusou-se, sempre julgou-o sempre fugiu seria o papel que teria que a faria a mais feliz de todas. Ah, como essa vida engana a gente. De tudo e de todos quem realmente via a atriz sem maquiagem? Era difícil, mas a verdade surpreendente era que ela nem era tão horrosa assim. Apenas... louca, insana dessa loucura imaginativa que fazia com que as coisas corressem sem que percebesse. Um mesa virava cena de um banquete glorioso de grandes reis, um pássaro, mensageiro que nunca chegou ao destino, uma palavra, frase sozinha de um poema moderno guardado num livro com um título difícil. O que quer de mim além de mim? Talvez você.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Freedom

Give me freedom, give me fire
Give me reason, take me higher
See the champions take the field now
You define us, make us feel proud

In the streets are hands up lifting
As we lose our inhibition
Celebration is surround us
Every nation all around us

Singing forever young
Singing songs underneath the sun
Let's rejoice in the beautiful game
And together at the end of the day

We all say

When I get older I will be stronger
They'll call me freedom
Just like the a waving flag

When I get older I will be stronger
They'll call me freedom
Just like the a waving flag
The a waving flag
Oh, oh, oh

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Humano

Basta uma música, uma ligação ou um sorriso dele
Basta estar debaixo dum céu estrelado, ou de um sol gostoso.
Basta escutar aquilo que você sempre soube, a chave do quebra-cabeça,
Basta a resposta de sua pergunta, um "eu te entendo"
Basta o beijo esperado, o coração concertado.
Basta um banho quente num dia frio, uma mão dada a outra mão.
Basta ver um filme bom filme,
Basta ver as pessoas unidas, seja pela causa que for.
Basta saber que alguém está ao lado.
Basta saber que nunca morri em você
Basta saber que acordas sorrindo as vezes.
Basta você em mim
Te amo

domingo, 16 de maio de 2010

Close

Seria impossível deixar que as palavras não entrassem dessa vez, assim, numa distância não física de você. E nessa noite longa, lembrei-me o que era estar no bosque escuro completamente nua, sem te ver, se saber se você sobreviva ao massacre psíquico criado.
Se sua capacidade de amar é infindável, sua capacidade de se deixar ser amada é praticamente nula neste mundo. E o medo, desaparecido por muito tempo retorna em você sempre que você sente o que é se sentar na lua. As vezes axo que o medo e a felicidade são além de, talvez uma antítese, companheiros um do outro. Você nunca terá medo se não está feliz, mas uma vez que sente aquele momento de felicidade, ela te traz o medo de perdê-la, de escapar-lhe aos dedos como antes. Assim, você ingere uma overdose de palavras e as vomita sem pensar, sem qualquer um lugar, para qualquer um. É inevitável, como tudo deste noite, é simplesmente inevitável que você chore, que você desamaie sobre mim. Inevitável que a intensidade aqui presente se torne um copo cheio do licor mais delioso ao alcoolatra mais infeliz. Por fim, você se desfaz nas milhares de gotas. A noite continua fria e esse bosque é apenas um cenário de um filme de terror barato, em que você sabe que o mocinho vai morrer invariavelmente.
Ah sim, mas antes de seguir esse padrão bizarro de desventuras. Existe essa excessão calada mim, sempre viva.
Aquela alma desesperada se contorce apenas para que você a tire daquilo, mal sabe ela que isso a torna pior do que o confinamento imposto.

domingo, 9 de maio de 2010

Tic tac

E essas coisas que perambulam pela minha mente como zonzóbulos... entre muita vivência, ainda me surpreendo com muitas coisas da vida. Ah sim, meu coração é um anjo de pedra quebrada ou um mendingo de um esquina suja, não sei, sei que não a sentia quase há uma eternidade, uma não, três, porque é meu número da sorte. E as vezes parecem que essas minhas palavras em demasia vão macular qualquer coisa autentica que temos, por que isso? Porque a única pessoa que é capaz de tirar do inferno e colocá-la no céu é a mesma que tem o poder de desfazer tudo isso. Não seria muito poder a uma pessoa só? Porém isso não mudaria nada, não seria nenhum freio, por mais que tentasse. O bem ja estava feito.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Tudo

Queria ser uma navegadora, sem rumo
Queria ser um caneca, útil para você deliciar seu café
Queria ser uma foto em sua parede, mais uma lembrança
Queria ser um bilhetinho de infância, puro em suas palavras
Queria ser mil pessoas, parar amar de mil jeitos
Queria ser uma criança que lê se primeiro livro
Queria ser um romance clichê, meloso e dramático
Queria ser a fita rosa do desejo de uma insegura
Queria ser um bombom delicioso, embrulhado em suas cedas
Queria ser um abraço, pra que você saiba que não está só
Queria ser seu retorno, pelos seus caminho inimagináveis
Queria ser seu lar, aconchegante e seguro
Queria ser aquela música que você sempre escuta triste, compreendido
Queria ser mais um piada num bar, efêmera mas feliz
Queria ser palavras gagejadas em um moento crucial
Queria ser um sorriso bem quando você precisar
Queria ser...
Queria - Quero - Sou
concreto irreal.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

03:24

Deve ter algum grande motivo pra eu me encontrar a digitar numa madrugada de terça feira, as 03:24 da manhã. São devaneios nem rodeios, apenas queria que eles abandonassem essa valsa em minha mente. Ah, mas não é assim né. Nunca pensei que nascer do dia fosse ser a parte que menos gosto, ironico não? O fato é que talvez eu esteja enlouquecendo mesmo e talvez ninguém tenha nada a ver com isso, certo? É, era bom quando tinha alguém que te impedia de pular. Tudo hoje não passa de loucuras de uma mente nada insana. Show me how to lie.
Como agirei? Fingirei mais uma vez?
Para minha algumas coisas são tão óbvias, porém, quando o mundo diz que eu enlouqueço não tenho a coragem de fazer o que tenho a fazer.
Ele ja me perdeu, e isso é o mais triste de tudo, porque eu não queria ir embora mais ele não me deixa escolha e eu simplesmente o odeio por isso, chega a ser uma raiva quase inexplicável.
E um dia ele vai doer tanto quanto encontrá-la no metro, ai esta o pior de tudo.
Mas se pararmos pra pensar, é o que eu deveria ter dito a ela desde o começo, mas a necessidade dela era tão grande, obcessiva. É até hoje na verdade mas existe meus freios e com ele não quebro o muro de auto-controle. Minha vontade era que tudo isso fosse verdadeiro, era negar essa realidade pra sempre, mas isso seria impossivel, doce, mais impossível. Como as vezes eu o odeio, assim como eu a odiava. A grande questão é, qual seria o momento certo de pular? Se foi, se eh agora ou se vai ser... é a unica coisa que me falta. E no fim das contas eu só queria um lugar seguro

Naturalidade

É, havia marcado o encontro, não a via faz tanto tempo que mal se recordava de seus traços, mas sem duvida se lembrava do cabelo, ondulado e solto em que ela insistia em prender quando seu mau-humor aumentava. As coisas estava planejadas e o transito de São Paulo também estava no planejado, a cidade nada mais era do que um quadro cinzento pintado por um triste pinto que era obcecado pelas cidades sem-alma. A chuva começou a cair, ela sempre aparecia nesses dias intrigantes a seu coração, as vezes para acalmá-lo, as vezes para provocá-lo mas sempre mantinha uma conversa com ele que as vezes nem ela mesmo entendia. Estava de branco e agora, após o toque irritante de seu celular ouvia ela dizendo que seria impossível a chegada, que teriam que se encontrar no meio do caminho. Concordou. Olhou com dó para o guarda-chuva na bolsa, mas não dó o suficiente para usá-lo, suspirou e teve algum pensamento insano sobre objetos talvez terem sentimentos. Colocou-se a caminhar debaixo de sua companheira, se é que assim podia chamá-la. E desceu a rua, a imensa rua paulista, andou com sua meia ja ensopada, com sua regata granca de micangas transparente, e andou mais um pouco até chegar na avenida principal que cruzava essa rua. Olhou para todos os lados e seguiu o caminho a direita -uma hora o outro vai encontra-la- parou no farol enquanto os carros passavam e olhou o chão, e as gotinhas pingando rapidamente naquele asfalto preto, distraída. Quando os carros terminaram de passar ela olhou pra frente pra seguir seu caminho... e lá estava ela, igualmente enxarcada, com seus olhos gentis. Ah, chuva, naquele momento você foi esquecida. Tudo que importava era correr e abraçá-la e assim ela o fez, se abraçaram por muito tempo. Quando soltaram ela perguntou -Por que não tomamos uma café? E não pode deixar de sorrir com a naturalidade que ela lhe causava.

Bracelete

Está bem, você não precisa desse bracelete pra saber que um dia foi alguém que não abondanava as coisas, nem desse porta-retrato, nem de qualquer outro objeto recordativo. Agora me diga, nessaecafé, nessa mesma mesa de madeira entre muitas outras, cercadas por aqueles mesmos seres errantes que vão lá querendo simplesmente a feliciade do café ou o carma desse, me diga se você algum dia diria tudo, se você se exporia, se os seus olhos tristes vão um dia ter alguma ilusão para que você possa sorrir uma unica vez e pensar que a vida inteira você estava errada e que tudo isso é uma grande ironia, acima de tudo.
Ah, você pode achar que deliro, que não prevejo quando os piões sem rota vão se chocar drasticamente, não muda nada, eles continuarão a se chocar, você continuará a gritar e eu continuarei a ceder. Que ciclo interminável não? Mas por que então naquela hora eu consegui ir pra longe? Por que consegui sentar e observar a passeata do meu ponto de vista e não do dela? Por que consegui ir embora? Ah... como as coisas mudam, o que eu quero ja morreu e eu sabia disso, mesmo sendo algo que eu possa desenterrar não é conveniente. Sim, deixei-a em sua rota e parti pra minha. Mas o duro foi perceber que eu teria que morrer junto com ela.
Queria que você conseguisse compreender como que eu posso querer protegê-los de tudo. E sim, talvez minhas palavras não signifiquem nada, ele continuará a ser meu amor perpétuo, de uma forma incompreensível

sábado, 10 de abril de 2010

Os fins justificam os meios

Apenas queria dizer que sua fita continua comigo, que as cartinhas estão guardadas em algum lugar que fiz questão de esquecer, e os sapatos continuam no mesmo chão que pisamos um dia.
Não caberia em mim esse mundo em que você sorri envergonhada, como se não devesse, e depois diz pra si mesma que as coisas não deveriam ser assim, que eu sou uma ilusão criada para acolher-te quando tiveres medo. As paredes continurão pixadas, as garrafas ficarão vazias, você ainda me girará até ficarmos tontas e no fim das contas não sairei dessas suas lembranças que você faz questão de guardar dobrada nove vezes num papelzinho de cetim qualquer.
Saber que no mundo você está vagando, assim como ela e muitas outras que a mim vêem, por motivos justos ou injustos - nunca saberei - é o suficiente para que essa paz me encontre e fique comigo até você voltar.
Sendo assim, esse teu possível doce-amargo futuro, dói em mim todo o dia, não pela tua sina, mas pela dor de não segurar sua mão quando você cair. Se meus fins justificam meus meios, você foi apenas um meio que me deu um fim e que agora quis apagar-se de tudo e de todos, mas se sua parte duvidosa vive em você, sua verdade então ficará guardada aqui comigo, num cantinho de meu ser em que ninguém nunca tocará, mas que quando quiseres poderá tê-la de volta. Entenda que essa sua parte apenas consegue viver em mim porque eu acredito nela, assim como um dia você acreditou enquanto olhava pra silhueta daquela árvore recortada no céu nublado.
Sempre pensei que todas as questões fossem suas, que as equações eram respondidas pelo seu raciocínio errôneo e, um dia então, percebi que não tratava-se disso, tratava-se apenas de escolhas nuas sobre minha cama. Escolhi colocar cada um num lugar em mim e assim eles coexistem como algo brilhante porém, efêmero.
Não, não estou dizendo que te amo, nem que odeio. Ja reparou que são sentimentos muitos certo para ideias tão incertas? Apenas que vivo em mim. Reapare, vivo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Nightmares are for dreamers

Aqui chega este futuro passado, completamente desalinhado com qualquer plano ou perspectiva que você possa ter nesse mundo osclinate taxado por coisas pré dispostas.
Já não fecho meus olhos suspeitando que seu olhar se perca na escuridão de meus devaneios.

domingo, 4 de abril de 2010

You Can't Always Get What You Want

I love you, I've a drowning grip on your adoring face
I love you, my responsibility has found a place

Quando parte do meu coração diz que esse caminho é perfeito para simplesmente abrir a caixa de correspondencia sem medo, ou para sentar na varanda e ver o sol nascer, parte dele diz que eu gostaria de te visitar e segurar sua mão quando você sofresse.
Não desistiria de olhar pra erva-daninha e ver você, apenas você.
Mas, uma letra sempre vai querer uma palavra e as palavras sempre vão querer uma explicação, o que fazer quando o suficiente não é meu?

-O fato é, que a primeira vez que se partiu, ninguém o colocou no lugar devidamente. Ficou lá meio amorfo entende? Fragmentando. E você, em vez de fazer o mais díficil, entregou os pedaços.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Mente ira

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda.
Assim pude trazer você de volta pra mim
quando descobri,
que é sempre só você
que me entende do inicio ao fim.
E é só você que tem a cura pro meu vicío de insistir nessa saudade que eu sinto
de tudo q eu ainda não vi.

Essas, estavam rabiscadas numa folha de caderno qualquer, numa sala de aula insignificante...
Como em meio a tantas mentiras poderia surgir sua verdade mais inerente?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Overdose

E não é que neste céu azul, neste sol escaldante, em cada passou que dou na estrada deserta penso em chegar ao seu destino, mesmo fictício.
Se em alguma noite você foi meu passado sombrio que se arrastava pelos olhos e mentes das pessoas daquele lugar, hoje você não passa de meu anjo, que num passado remoto ou não, sendo minha torutra ou não, soube sê-lo de seu modo leal e fiel.
Por mais que você fosse muitas, mas mesmo assim rara, saber que seus desejos egoístas destinavam-se apenas ao meu mal me fazia crer que de um jeito ou de outro você dependia de mim, apenas de mim para se satisfazer. Minha cura era o veneno seu.
Cai, sentei, chorei. E as vezes custo a tirar você de mim.
Quem me acordará essa noite apenas para sentir-se viva nessa morte?
Naõ sei
Sei que nesse momento agora
Eu apenas seria sua overdose.

terça-feira, 9 de março de 2010

Felicity

Eu sei daqueles momentos da vida em que simplesmente as folhas estao cobrindo por inteiro a árvore, formando o verde.
O céu, mesmo cinzento, teria sua bela melancolia estampada em finas gotas que pinicam o guarda-chuva.
O que seria você sem esse céu ou essa vida?
Nessas horas, você apenas sabe que está exatamente onde deveria estar...
Que o azul, o rosa, o verde são mais do que cores apenas captadas por seus olhos.
Por fim, você agardece tudo as pessoas que te cercam,
simplesmente porque se cada uma delas não estivesse onde está, voce não estaria nesse estado.
E você, por fim, crê que tudo é simplesmente belo.

Talvez eu apenas seja melhor em expressas meus sentimentos tristes
acho que eles são mais fáceis de serem arrancado do peito
e transformados em palavras.
Porém, contudo... gosto de saber que pelo menos tentei compartilhar os sentimentos bons.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Paisagem mental

As pontes tornaram-se inexistentes,
os predios sucumbiram,
as casas foram consumidas pelas chamas
Milhares de corpos soterrados pelo cinza do cimento
-não havia nada a se fazer -
Crianças com olhos desenhados pelo brilho de angustia
este nao desapareceria daquelas mentes ingenuas.

Sem mais nem menos,
no meio do ceu verde-azulado da madrugada,
nasce a ponta do mundo.
Laranja, fiel,
pintando as ruas e os destroços do que antes foi algo,
do que antes foi tudo.
O sol cegou cada partícula viva,
ativou as engrenagens da maquina, do pó.

Ele sabia que o mundo pedia pelo amanhã,
pedia que mãos e pedras reconstruissem tudo
continuassem o rumo.
Nao seria facil, nao seria justo, nunca tinha sido.
Mas no fim das contas o sol sempre nascia, laranja.
O amanhã não seria melhor nem mais facil,
mas ao menos seria diferente do horror da noite anterior.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Acorda comigo?

Que as desilusoes deste lugar sejam um fator decisivo para a descoberta de uma terra distante.
Penso em voce como uma justificativa pro meu medo de fazer o errado.
Quem é voce esta noite?
Talvez uma prostituta escravizada pela beleza
ou apenas mais uma mente perdida entre as milhares de estrelas da noite
Nao queria ser voce, que acha sua perdicao e seu destino todo dia
Apenas queria sua palavra pura e duvidosa de que sera seguro
Tao seguro quando meu coracao fechado a sete chaves
Voce pronuncia meu amanha quando lhe convem
E eu o culpo quando nao vem
Nao vem comigo pra esta escuridao
Voce esta apenas idealizado na mente de uma perdida
que nunca soube distiguir se o que respira
é o suficiente pra manter-se viva
Apenas queria saber se em alguma noite sem luar
Voce vai sentir a falta das estrelas
E da chance de viver apenas desse doce
Porque o depois sera provado como o pior amargo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

There's nothing else I can say

Esses olhos vêem diferente,
você não tem cor, transitório
em preto e branco, indiferente
sem conhecer o vermelho, ilusório

Complemento, sim, cores
quando misturadas
perdem meu tom e sabores